uma imensidão de palavras que me doem e rasgo antes de escrever,
num acaso que não sei dizer.
Se me deixo pesar na madeira, cara vincada pelos veios das tábuas,
no meio desse jogo de papel amarrotado,
reconheço esse indício.
Tresmalha-se pelo ar quando sacudo um livro e lhes folheio as páginas amarelas,
secas, de cor molhada pela trovoada lá fora,
cheiro do pó de Lisboa em Varsóvia,
e se dissipa quando adormeço com o pulsar do meu sangue, embalado pelo sussurrar de Chet Baker.
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