Saturday, April 21, 2012

os teus sentidos

É de dia que conto as palavras das coisas da noite, 
Do silêncio da estrada da luz, do vento de Lisboa nas árvores e desse escuro de paz, 
Do absoluto do tempo em que os teus braços me tinham a pele e o coração que me batia.


É na mais profunda paz que me ouves as palavras de um sopro tão distante mas que vive como se de agora se tratasse, como se agora no rádio tocasse a Estrela da Tarde e como se o espaço provasse que aquelas palavras vingaram, que o brilho dos teus olhos é eterno e que a tua vida se perpetua em tudo o que faço.


É numa espiral de palavras desencontradas que encontro o significado daquilo que fomos, daquilo que ao sentir me faz viver e que me leva ao acontecer desse pulsar. É numa desordem tremenda de dizeres que se vislumbra a profundidade de ti quando mais nada existia senão nós e a poesia dos sentidos.

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